Santos como nós

Acta e Passio eram irmãos gêmeos nascidos em uma família nobre de pais cristãos, provavelmente oriundos da região da Arábia, pelos idos do século III AD.

Estudantes de medicina na Síria, exerceram as ciências médicas em Egéia e Ásia Menor, onde foram chamados de anargiros, pois eram inimigos do dinheiro. Os irmãos não se permitiam receber qualquer pagamento por seus trabalhos. Alegavam que as curas que realizavam ocorriam pelo poder do nome de Jesus. “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder”, é o que diziam.

Estes homens de Deus, que ousaram servir a Jesus em um mundo onde isto significava uma sentença de morte, se colocaram contra o sistema religioso romano, se declarando inimigos de seus deuses por fidelidade à Cristo. Santos em vida, por ordem de Diocleciano foram perseguidos e executados na Síria sob a acusação de feitiçaria.

Os santos pobres, que romperam a existência sendo sal e luz em um mundo de trevas insípidas, agora são referência de vida para todos os que se chamam cristãos. Cosme e Damião, como hoje os conhecemos, alcançaram a maior honraria que homem algum pode alcançar, morrer por amor a Cristo.

Sigamos o exemplo de Cosme e Damião, perseguindo suas pegadas, que marcaram com amor e fé o tempo em que viveram. Santos como nós, os gêmeos da Arábia, são exemplos a serem seguidos.

Rodrigo Cherene / Carlos Magalhães - Setembro 2007