No instante em que uma boa obra se torna pública e conhecida, perde o seu caráter específico de bondade, de não ter sido feita por outro motivo além do amor à bondade. Quando a bondade se mostra abertamente já não é bondade, embora possa ainda ser útil como caridade organizada ou como ato de solidariedade. Daí: "Não dês esmolas perante os homens, para seres visto por eles". A bondade só pode existir quando não é percebida, nem mesmo por aquele que a faz; quem quer se veja a si mesmo no ato de fazer uma boa obra deixa de ser bom; será, no máximo, um membro útil da sociedade ou zelozo membro da Igreja. Daí: "Que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita".
Hannah Arendt em "A condição humana", Editora Forense Universitária, p.85.
3 comentários:
profundo viu.... mas ocorre muito na sociedade isso!
leia tambem:
http://petboys.blogspot.com/
quase impossivel encontrar modelos de bondade como o texto sugere...
o que os "bons" querem é o status de "bons".
www.e-nozes.blogspot.com
acho bem normal este tipo verdadeiro de bondade, pelo menos jesus não ensinou nada impossível...
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